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Rosa Maria Paulino

Como escolher seu consultor financeiro

Os anúncios das instituições financeiras falam muito sobre como podem ajudá-lo a realizar os seus sonhos, mas ao conversar com seus gerentes é comum descobrir que eles só desejam vender seguros e produtos de investimentos. Para quem tem uma situação financeira mais complexa, um consultor financeiro pode ser a pessoa indicada para analisar sua situação atual e desenvolver e implementar um planejamento financeiro sólido e compatível com suas necessidades.

Um bom planejamento financeiro abrange objetivos de curto, médio e longo prazos e leva em consideração suas metas pessoais, estilo de vida e projetos vinculados a cada estágio de sua vida, como por exemplo, a idade com que deseja se aposentar. Um consultor pode ajudá-lo a desenvolver e colocar em prática esse planejamento.

Mas como escolher o consultor adequado? Antes de mais nada, você precisa entender que pode delegar a gestão de suas finanças a terceiros, mas será sempre responsável pelo que acontecer com elas. Portanto, é importante ser cuidadoso ao selecionar o profissional que irá administrar o dinheiro que você acumulou a duras penas.

Como escolher

Para fazer uma boa escolha, você precisa obter informações importantes sobre a experiência e a forma de o consultor trabalhar. Você pode solicitar ao consultor que preencha um questionário ou apresente um documento com as informações de que necessita. Informações verbais não garantem o compromisso do consultor com as propostas feitas na tentativa de conquistar a sua conta. Caso você acredite que alguma informação foi omitida ou distorcida, será a sua palavra contra a dele.

Você deveria obter pelo menos dois documentos antes de assinar o contrato:

  1. um descritivo dos serviços oferecidos e da forma de remuneração

  2. uma análise de sua situação financeira, complementada por uma recomendação prévia da estratégia de investimentos a ser adotada.

Converse com vários consultores antes de se decidir por um deles e peça as mesmas informações a todos, para facilitar sua comparação e análise. Controle o rumo da conversa – ela serve para que você obtenha as informações que deseja e não para que o consultor use a oportunidade para vender seus serviços.

Pontos que você deve averiguar:

  1. Qual o nível de educação e a área de formação do consultor.

  2. Quais registros e credenciamentos ele possui. Administradores de carteira e consultores de investimento são obrigados a estar registrados na CVM (Companhia de Valores Mobiliários) e são por ela fiscalizados quanto à lisura e transparência de sua atuação. Existem outros órgãos que regulam o setor e determinam padrões de conduta ética e responsabilidade na prestação de serviços de planejamento financeiro pessoal – saiba a quais deles o consultor está filiado.

  3. Há quanto tempo ele atua na área de consultoria e planejamento financeiro.

  4. Há quanto tempo a consultoria para a qual ele trabalha opera no mercado.

  5. Quem são os sócios.

  6. Quantos clientes ele possui. O número de clientes determina o nível de atenção que ele irá dedicar a você.

  7. Se ele tem participação em alguma outra empresa. Essa informação é importante para avaliar a possibilidade de algum conflito de interesses associado às recomendações que ele vier a fazer.

  8. Quem será seu consultor, ele ou outra pessoa. Neste caso, peça para conversar com a pessoa antes de tomar sua decisão.

  9. Qual o valor mínimo exigido para aplicação.

  10. Se ele ou algum outro sócio da empresa tem participação ou é remunerado por investimentos que você possa vir a fazer. Mais uma vez, o propósito é avaliar um possível conflito de interesses.

  11. À medida que você trabalha com um consultor financeiro, outros aspectos de suas finanças irão requerer os serviços de outros profissionais, como advogados, corretores de seguros ou contadores. É importante saber se o consultor será remunerado no caso de indicar um destes profissionais. Em caso positivo, avalie a possibilidade de haver conflito de interesses antes de contratar o profissional indicado.

  12. Sobre que áreas financeiras ele pode oferecer consultoria (gestão de orçamento, planejamento tributário, gestão de investimentos, planejamento imobiliário, seguros, planejamento de aposentadoria). O mundo das finanças é complexo – quanto mais serviços o seu consultor oferecer, maiores as chances de obter um planejamento financeiro realmente abrangente.

  13. Se ele pode prestar assessoria em todas as etapas do processo: análise de sua situação atual, planejamento financeiro, implantação do plano e acompanhamento regular do desempenho de sua carteira.

  14. Que poderes o consultor terá com relação a operações, movimentação em contas e resgates.

  15. Como ele será remunerado.

Formas de Atuação

Você deve definir com seu consultor – e documentar – a forma em que ele irá gerenciar seus ativos. Seu consultor pode receber uma procuração para movimentar sua conta de investimentos sem necessitar sua anuência prévia ou você pode preferir autorizar diretamente cada transação a ser feita. Seja como for, seus ativos devem ficar com uma empresa custodiante e qualquer transferência de recursos para fora de sua conta de investimentos deve ser feita exclusivamente para a sua conta corrente.

Formas de Remuneração

Existem três formas básicas de remuneração:

Honorários: este modelo reduz o conflito de interesses – somente você é responsável por remunerar os serviços do consultor. Nenhum outro valor é pago por qualquer instituição, o que significa que ele não recebe comissões pelos produtos recomendados. Os honorários podem se basear em um valor por hora de consultoria, em um percentual dos ativos administrados ou em um valor fixo. Em resumo, consultores remunerados através de honorários vendem uma única coisa: seus conhecimentos e experiência.

Remuneração híbrida: Neste caso, o consultor cobra do cliente um valor para a consultoria fornecida, mas também é remunerado pelos produtos que vende. Em alguns casos, as comissões pagas são abatidas do valor fixo, dando a impressão de um custo menor para o serviço de consultoria. Mas tenha em mente que qualquer remuneração externa afeta a isenção do consultor e a certeza de que o interesse do cliente vem em primeiro lugar.

Remuneração baseada em comissões: na prática estamos falando de um processo de vendas, em que o consultor é remunerado pelos produtos que vende. Como saber se o produto indicado é o melhor para você ou o de maior remuneração para ele? Embora o consultor possa trabalhar com um leque maior de produtos, se a sua remuneração depender dos produtos que vende ele estará atuando como um gerente de bancos, com a diferença de que as recomendações deste último limitam-se aos produtos oferecidos pela instituição em que trabalha.

Acertando na Escolha

Um bom consultor apresenta as características abaixo:

  1. conversa com seu cliente para entender seus objetivos financeiros, tais como a idade com que ele pretende se aposentar, sua taxa de poupança, sua tolerância a riscos, se pretende trocar de carro, comprar uma casa ou pagar a universidade dos filhos.

  2. vincula as opções de investimento às metas do cliente, criando um portfolio sob medida para atender às suas necessidades.

  3. usa números reais para melhor avaliar o nível de risco que um cliente está realmente disposto a correr. Uma vez identificado o nível de tolerância a risco do cliente, o consultor passa a buscar formas de minimizar esse risco para ficar dentro do patamar aceitável pelo cliente.

  4. pode ser facilmente contatado pelo cliente, respondendo com rapidez a seus telefonemas ou emails.

  5. reúne-se regularmente com o cliente para discutir o desempenho de seus investimentos com relação ao mercado e eventuais mudanças em seu estilo de vida ou em seus objetivos de curto, médio e longo prazo, de modo a assegurar que o portfolio continue coerente com as suas necessidades.

Em caso de dúvidas…

Caso você tenha dúvidas sobre a qualidade dos serviços prestados por seu consultor, discuta sua carteira com um consultor independente que cobre por hora de consultoria e peça que ele faça uma análise de seu portfolio. Compare a análise feita com a que tem sido apresentada por seu consultor atual e se houver divergências, esclareça com seu consultor esses pontos. Se as explicações não forem convincentes, talvez seja o momento de buscar outra assessoria.

Alguns outros pontos aos quais você deve ficar atento:

  1. perdas que excedem os indicadores de referência do produto

  2. foco em vender produtos, ao invés de recomendar o que faz mais sentido

  3. recomendação de investimentos com base em seu desempenho passado

  4. investimentos complicados ou qualquer coisa que você não consiga entender como funciona

  5. produtos excessivamente caros, arriscados ou com promessa de retornos bem acima da média

E é claro que você deve verificar regularmente seus extratos, analisando cuidadosamente todas as compras, vendas, depósitos e resgates. Se tiver alguma dúvida, ligue imediatamente para seu consultor. Se não estiver satisfeito com a resposta, ligue diretamente para a instituição custodiante.

Como você vê, os cuidados recomendados são basicamente os mesmos que você deve ter quando a sua conta bancária está sob os cuidados do gerente do banco. Com a diferença de que uma consultoria personalizada pode trazer não apenas um retorno financeiro significativamente maior como também a tranqüilidade de saber que todo o trabalho de gestão de sua carteira está sendo feito por profissionais qualificados que têm o seu interesse em primeiro lugar.

Esta informação tem caráter educativo apenas. Procure a orientação de um consultor financeiro antes de tomar suas decisões de investimentos.

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Rosa Maria Paulino

Tudo começou assim: depois de anos investindo na carreira, eu parei de trabalhar. E aí, vieram todas as perguntas difíceis: Eu vou poder abrir mão de um salário? Como vou gastar todas as horas do dia? Será que vou ser feliz longe do mundo corporativo?

Eu não sabia, mas saí atrás das respostas. Fui ver como estavam as finanças. Relembrei  aptidões e habilidades. Resgatei o que me fazia feliz e decidi como gostaria de viver dali para a frente. E descobri que para ter um Futuro Sob Medida, eu teria que criá-lo.

 

Desde então, muita coisa aconteceu.​ 

 

Retomei o convívio com a família e fiz novos amigos. Adotei um estilo de vida mais saudável e equilibrado. Organizei e passei a controlar minhas finanças. Investi em atividades culturais e de lazer. E achei que minha experiência poderia ajudar outras pessoas na mesma situação.

 

Vamos nessa?

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